Inpe inicia desenvolvimento de satélites para monitorar derramamento de óleo nos oceanos; saiba como vai funcionar

  • 21/11/2024
(Foto: Reprodução)
O projeto prevê o desenvolvimento de um sistema multiusuário de detecção, previsão e monitoramento de derrame de óleo no mar, chamado de ‘SisMOM’. Prazo para a entrega final do projeto é de 4 anos. Imagem de arquivo - Derrame de óleo nas praias do Guaiu e de Mogiquiçaba, no Nordeste brasileiro, em 2019 Divulgação/Prefeitura de Belmonte O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), com sede em São José dos Campos, no interior de SP, anunciou o desenvolvimento de satélites que vão monitorar o derramamento de óleos por embarcações na costa brasileira. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Segundo o Inpe, o último protocolo de intenções para desenvolver técnicas de inteligência artificial foi assinado junto ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) neste mês. O projeto prevê o desenvolvimento de um sistema multiusuário de detecção, previsão e monitoramento de derrame de óleo no mar, chamado de ‘SisMOM’. Ao g1, o pesquisador-chefe e coordenador geral do projeto, Dr. Paulo Nobre, do Inpe, explicou que a iniciativa partiu após o episódio envolvendo o derrame de óleo no Nordeste brasileiro. “Com aquilo, o Governo Federal entendeu a necessidade de que o Brasil tivesse um sistema de estado de monitoramento oceânico voltado para derrame de óleo no mar. Daí surgiu esse programa chamado SisMOM. É um sistema de vários parceiros de monitoramento, detecção, previsão e monitoramento de óleo no mar”, disse. “Ele é um projeto inicialmente calcado no Inpe, com dois grandes clientes que são o Ibama e a Marinha do Brasil. Esse projeto, contudo, ele não é um projeto do Inpe, ele é um projeto em rede, com várias instituições”, explicou. Atualmente, 16 instituições fazem parte dessa rede que vista o desenvolvimento do sistema. Imagem de arquivo - Simulado de derramamento de óleo em São Sebastião (SP) João Mota/TV Vanguarda Como vai funcionar O sistema desenvolvido pela rede vai monitorar o derramamento de óleo em toda a costa brasileira. Inicialmente, cerca de 50 profissionais, entre bolsistas e pesquisadores, atuam no projeto. A ideia é o desenvolvimento de uma ‘constelação de satélites’, com utilização de algoritmos baseados em Inteligência Artificial, que vai detectar embarcações e manchas de óleo no mar, além da previsão de deriva e dispersão das manchas de óleo no mar. A curto e médio prazo, os objetivos, segundo o pesquisador, são desenvolvimentos de: algoritmos inteligentes de detecção de navios e de óleo no mar; sistema de modelos de dispersão de óleo no mar adaptados às condições ambientais meteorológicas, oceânicas regionais e de escalas locais brasileiras; sistema inteligente de agregação de informações sobre derrame de óleo e comunicação com os tomadores de decisão em caso de desastres; sistema de previsões hidrodinâmicas multimodelos a partir de modelos acoplados oceano-atmosfera global e modelos regionais para a previsão oceânica e atmosférica de alta resolução espacial, juntamente à infraestrutura computacional e de dados associada. “Ninguém tem um sistema de monitoramento de olhos no mar com um satélite a cada dois dias. Então, por isso, nós estamos desenhando uma rede de satélites, uma constelação de satélites, pequenos satélites, satélites de radar e outros, para a gente ter um monitoramento diário de toda a costa, todo o mar territorial brasileiro”, acrescentou Nobre. O projeto foi dividido em nove metas, que passam pelo desenvolvimento desses algoritmos e sistemas, até a provisão de informações para os sistemas do Ibama e da Marinha do Brasil. Segundo o projeto, o prazo para a entrega do sistema é de 4 anos a partir da publicação da instrução do convênio no Diário Oficial da União. Inpe inicia desenvolvimento de satélites para monitorar derramamento de óleo nos oceanos Reprodução Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina

FONTE: https://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2024/11/21/inpe-inicia-desenvolvimento-de-satelites-para-monitorar-derramamento-de-oleo-nos-oceanos-saiba-como-vai-funcionar.ghtml


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